O maior problema das comédias brasileiras.

Se eu te perguntar qual é o melhor filme de comédia que você já assistiu, dificilmente alguma produção nacional será a primeira que pensará em meio a icônicos como ‘As Branquelas’ e a trilogia ‘Se Beber Não Case’.

Mas que a comédia brasileira não vai muito bem, é um fato conhecido por todos, afinal, esse gênero nunca foi o nosso forte, com pequenas ressalvas, é claro. Contudo, o besteirol e o pastelão nunca se fizeram tão presentes como ultimamente.


Em menos de um ano, mais de três filmes se utilizaram da mesma premissa: “o pobre que fica rico da noite pro dia”. Tema extremamente desgastado e que levanta, além de muitas outras, a seguinte questão: onde foram parar nossos bons roteiristas?


NADA SE CRIA, TUDO SE COPIA

Embora faça parte de um velho clichê,a máxima acima ilustra bem o cenário atual. A cada filme lançado não é preciso nem se esforçar para observar as semelhanças com antecessores, antes se ainda fossem copiadas as partes boas.

Mas o que se vê é bem diferente. A história de um suburbano que enriquece do dia pra noite parece que chamou a atenção dos diretores, o que é compreensível se for analisado os ganhos de “Até que a Sorte nos Separe” (mais de R$34 milhões), um dos primeiros a utilizar esse tema.

Após o lançamento do filme estrelado por Leandro Hassum, o qual garantiu mais duas sequências, apareceram mais filmes copiando o estilo, como (
Um Suburbano Sortudo, Vai que Cola e mais recentemente o To Ryca!, uma cópia mal feita de Chuva de Milhões (1987).

A CULPA É DE QUEM?

Certamente dos atores que não é. Além de possuir roteiros escrachados e mal elaborados, sobra para os atores darem o melhor de si dentro de papéis subutilizados, como Samantha Schmütz em ‘To Ryca!’, Paulo Gustavo (‘Vai que Cola’) e outros artistas excelentes que não conseguem exercer o que sabem.

No entanto, esse fenômeno está longe de chegar ao fim, isso porque os números de bilheteria vêm agradando cada vez mais as produtoras. Ou seja, um besteirol repetitivo ainda atrai milhares de pessoas ao cinema ou seria apenas patriotismo exagerado?

Dificilmente essa dúvida será solucionada, o que se sabe é que muitos roteiros pobres (em todos os sentidos) ainda serão criados, dignos de morais o-dinheiro-corrompe e finais com dancinhas à la pop do momento.

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