Resenha | Total War Rome: Destruição de Cartago.

É nesse clima de intensa batalha que se passa a história de Total War: Rome – Destruição de Cartago. O romance histórico se passa na Roma antiga, no período da batalha de Pidna, na Macedônia (ano 168 a.C.) à destruição de Cartago, durante a Terceira Guerra Púnica (149 – 146 a. C.). Temos como personagem principal o jovem Publio Cornélio Cipião Emiliano Africano contando toda a sua ascensão desde tribuno militar até o comando-geral do exército romano na destruição de Cartago.

Outro personagem que acompanhamos é Fábio. Ele é o “guarda-costas” de Cipião e um personagem fictício que veio para acrescentar na história. O autor, David Gibbins, especialista em ficção histórica, foi professor de arqueologia, história antiga e história da arte, aproveitando-se das brechas que faltam na história, conseguiu fechar bem o enredo do livro acrescentando alguns personagens fictícios e explorando bem as emoções dos personagens. Como não se emocionar com as dores de amor de Cipião por Júlia?

Para quem gosta de história antiga, Total War Rome é um prato cheio! Rico em detalhes, o autor consegue descrever muito bem a sociedade romana do II século a.C., seus costumes culturais, sociais e políticos. Gibbins, fez questão de deixar uma nota introdutória explicando alguns termos usados, costumes e aspectos culturais, além de uma lista falando sobre os personagens, inclusive descrevendo quem realmente existiu e quem é fictício. Se você nunca jogou Total War, não se preocupe. Vai conseguir entender muito bem o romance e assim como eu, vai ficar com vontade de jogar o jogo para vivenciar todo o cenário descrito no livro.

E por falar em jogo, Total War é um jogo de estratégia (em tempo real e em turnos) desenvolvido pela The Creative Assembly , lançado em 22 de setembro de 2004 pela empresa Activision, sendo o terceiro título da série Total War, que possui várias ambientações: Shogun I e II (Japão antigo até ao xogunato Tokugawa), Medieval I e II, Rome I e II, Empire (século XVIII) e Napoleon (a campanha napoleônica), que abrange grande parte das batalhas da história mundial. Total War Rome permite aos jogadores participarem de batalhas históricas e fictícias, durante a República Romana e o Império Romano, com diferentes povos, durante o período de 270 a.C. até 14 d.C, e além disso com as expansões. Já falei que sou viciado nesse jogo?

Apesar de ser uma ficção histórica, o livro não parece uma leitura acadêmica. É um romance muito bem escrito e rico em detalhes. Por ser bem rico em detalhes, não recomendo para crianças já que vemos a descrição de muitas cenas de tortura e treinamento militar (entenda aqui: uso de escravos de guerra para ensinar aos recrutas como matar as pessoas de diversas formas em uma guerra).

No final do livro encontramos uma nota do autor, contendo as fontes históricas que ele se baseou no desenvolvimento da obra, suas motivações e como ele construiu o personagem Cipião Emiliano, a partir da figura histórica real.

Tenho acompanhado e lido os livros da série que a Editora Galera Record tem lançado baseado em games e confesso que tenho gostado bastante. Até o momento, todos os livros que já li são excelentes e recomendo todos! Total War Rome: Destruição de Cartago é sem sombra de dúvidas um ótimo livro para ler e ter na sua estante.

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